segunda-feira, 30 de junho de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

EM QUE MITOS O PROFESSOR DE INGLÊS ACREDITA?

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

(UFMG)




  1. A escola secundária, especialmente a pública, não é competente para ensinar línguas estrangeiras.Não sabem nem português, para que aprender inglês é o preconceito vigente contra as classes populares. Despreza-se o dialeto não-padrão e acredita-se que o ensino do inglês deve ser privilégio das elites. Em minha pesquisa de doutorado, comprovei essa hipótese até na música popular, onde encontramos, por exemplo, Carmen Miranda cantando "Alô, alô, alô boy /deixa essa mania de inglês/fica tão feio pra você moreno frajola/ que nunca freqüentou os bancos da escola".

  2. O curso livre é o lugar para se aprender língua estrangeira.
    O senso comum reforça esse mito. Em reportagem publicada no Estado de Minas de 30 de abril de 1995, encontramos a seguinte afirmação:
    A abertura do mercado para os cursos de inglês foi estimulada pelo próprio sistema oficial de educação, tanto nas escolas públicas quanto privadas. "O ensino de inglês nas escolas sempre foi muito ruim e não teve nenhuma melhora. Exige-se muito e ensina-se mal. Professores teóricos saem das Faculdades de Letras e repetem os mesmos erros: ensinam a traduzir, não ensinam a falar, que é a base para aprender a ler e a escrever", sentencia Márcio Mascarenhas.
    O espaço do curso livre está reservado para a elite econômica, pois as classes populares não têm como financiar seus estudos. Além disso, as elites não querem se misturar aos pobres. Na reportagem já citada, encontramos a seguinte afirmação:
    O diretor do Mai (sic), Paulo Coutinho, acredita "que a popularização é perigosa e a escola tem que ser cara". Sonilton de Barros emenda que é de elite porque "no Brasil onde a massa populacional ganha um salário mínimo, só a elite tem direito ao consumo.

  3. Sem equipamento audiovisual é impossível desenvolver um bom curso.
    Esse mito ignora tanto o sucesso dos aprendizes que estudaram o idioma antes do advento dos equipamentos quanto à possibilidade de se montar um bom curso com criatividade e poucos recursos.

  4. A língua estrangeira é importante apenas para os alunos que irão para a universidade.
    O curso secundário em vez de se preocupar em formar o cidadão preocupa-se em prepará-lo para o vestibular. Em vez de se estabelecerem objetivos básicos para a formação do indivíduo de capacitar o aprendiz a utilizar a língua para tarefas orais e escritas simples, tais como preencher formulários, cupons, subscritar envelopes, cumprimentar, apresentar-se, etc., que seriam perfeitamente possíveis dentro da escola secundária, pretende-se ensinar apenas a gramática ou a leitura, transformando a aula de inglês em uma tarefa inútil e desestimulante.

  5. O material didático é o grande responsável pelo insucesso das aulas.
    A maioria dos professores se sente preso ao material didático, que normalmente lhe é imposto pela escola, e não se julga capaz de produzir material próprio. A pressão do material didático é tão forte que cumprir o programa passa a ser sinônimo de esgotar o livro.

E você? Em que acredita? Quais são os seus mitos? Escreva e compartilhe suas opiniões!

A IDENTIDADE DO PROFESSOR DE INGLÊS

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG)

  • Quem é o professor de Inglês?

Comecemos pelo ideal. O professor de inglês deveria ter, além de consciência política, bom domínio do idioma (oral e escrito) e sólida formação pedagógica com aprofundamento em lingüística aplicada. Em número reduzido, temos profissionais bem formados dentro do perfil ideal que acabamos de descrever. A boa formação é, muitas vezes, fruto apenas de esforço próprio, pois os cursos de licenciatura, em geral, ensinam sobre a língua e não aprofundam conhecimentos na área específica de aprendizagem de língua estrangeira.
No entanto, dois grandes grupos de profissionais, que não se enquadram nesse perfil, compõem os dois extremos do conjunto de professores no Estado de Minas Gerais__ de um lado, profissionais com fluência oral ( a escrita muitas vezes deixa a desejar) adquirida através de intercâmbios culturais ou outro tipo de experiência no exterior e sem formação pedagógica; do outro lado, profissionais egressos de cursos de Letras (que lhes proporcionaram poucas oportunidades de aprender o idioma) e precária formação pedagógica. Os primeiros estão quase sempre nos cursos livres de idiomas e os segundos nas escolas de primeiro e segundo graus.
Para piorar a situação, o mercado não avalia a formação pedagógica do futuro profissional. Os concursos de magistério, na rede estadual e em muitos municípios, aboliram a prova didática. Os futuros mestres são avaliados por uma prova de múltipla escolha, muitas vezes mais simples do que a prova de língua inglesa do vestibular da UFMG, que é considerada fácil. Nos concursos, quando muito, há uma redação, mas o desempenho oral é ignorado. Ainda é comum que professores com dupla licenciatura (português-inglês) concursados para português sejam pressionados a completar sua carga didática com "aulinhas"de inglês, pois as escolas precisam cobrir a falta de professores por motivos diversos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

TRADUÇÃO

Assista o vídeo da entrevista do Prof. Ulisses Wehby no ProGrama de Jô Soares

Você acha importante aprender outra língua?

Assista ao vídeo e veja um dos vários motivos para aprender Inglês!


segunda-feira, 5 de maio de 2008